Montados para o Oscar

por Carolina Tremarin

Gente, o que foi o Oscar ontem? Tô doida de tanta informação. Confirmando as semanas de moda, não teve quem não apostasse nas texturas e cores metalizadas. Mas é claro que, por mais que existam stylists por trás das musas do red carpet, sempre tem aquela que dá uma derrapada digna de Framboesa de Ouro.

Começando pela sobriedade da gravidíssima Natalie Portman, que, apesar da barriguinha, segurou muito bem o roxo de Rodarte, como manda a roupagem de Black Swan – toda elaborada pela marca – e célebres Jimmy Choo nos pezinhos. Aliás, justiça seja feita! Não desmerecendo Alice, mas Cisne Negro era a aposta mais certeira do Oscar de Melhor Figurino. Além de todo resto, né? Pelo menos levou o prêmio de melhor atriz, merecidíssimo por Portman desde 2005, quando indicada a melhor atriz coadjuvante por Closer.

Quem também soube se comportar foi Gwyneth Paltrow, que investiu num Calvin Klein Collection de babar. Com tudo que o look trazia, o cabelo deveria mesmo permanecer chapado. Atenção pras jóias escolhidas pela atriz: anel, brincos e broche, tudo Louis Vuitton. Por baixo do brilhante tecido, um pump dourado de Brian Atwood. Quanto à atuação vocálica da linda, que interpretou Coming Home, trilha de seu filme Country Strong, melhor não comentar.

Hilary Swank, como não adorá-la? Montada de Gucci Premiere, levou plumas e muito brilho ao Red Carpet. A silhueta sereia cai muito bem à atriz, que dificilmente decepciona no quesito figurino. Nos pés, cetim cinza com cristais no salto (que merece um update assim que eu descobrir quem os fez).

Aí vem a Cate Blanchett, aquela que faz qualquer elogio parecer redundante. Impecável, investiu na alta-costura de Givenchy Couture, com ombros estruturados, brilho sutil e um toque de cor incrível. Do alto dos seus 41 anos, mostra que elegância não tem idade e que apostar em pequenos detalhes de cor pode levantar qualquer produção. Ah, se todas soubessem se portar como ela, teríamos belíssimas senhoras desfilando por aí.

Muito tule no look de Halle Berry. A eterna Mulher Gato (nunca vou esquecer esse personagem fail dela) foi de Marchesa nude, feito em organza e rico em cristais, com direito a calda. Valorizando o colo, o corset tomara-que-caia é para aquelas que confiam no clássico. Nos pés, Christian Louboutin, é claro. Aos 44 anos, Halle vem bem mais sóbria do que no Oscar de 2002, quando vestiu um Elie Saab duvidoso e ganhou o prêmio de Melhor Atriz por A Última Ceia.

Definitivamente, os dias de cão acabaram quando Florence Welch surgiu no tapete vermelho. A musa da banda Florence And The Machine foi de Valentino Couture, provando que rendas e babados continuam com tudo nessa temporada. Com jóias de Lorraine Schwartz, mostrou que meninas de 24 anos também são elegantes, além de cheias de atitude. Vale ressaltar a performance da moça no palco do 83º Oscar, que interpretou If I Rise, indicada a Melhor Trilha Sonora Original, de 127 Horas.

Quem mais poderia encarar o brilho do azul-safira de Armani Privé senão Anne Hathaway? O penúltimo look da atriz, que fez às vezes de apresentadora no Oscar 2011, saiu das passarelas direto para seu corpo. Claro que a ajudinha do stylist foi fundamental pra segurar os OITO figurinos diferentes da noite, que contaram com Valentino, Givenchy, Lanvin, Oscar de La Renta, Vivienne Westwood, Versace e Tom Ford (OH MY GOD, HE’S BACK).

Para encerrar a série de elogiosos vestidos, Jennifer Hudson apareceu com o clássico vermelho de Versace e o Kodak Theater tremeu. Gente, fiquei passada com a magreza conquistada pela atriz/cantora/musa-da-minha-vida. Aos 29 anos, Jenn (somos íntimas) sabe ser sexy na medida, com decote impecável e cinturinha bem mercada. E o topete? Tô muito orgulhosa.

Atenção, homens! Tudo de lindo para Christian Bale, todíssimo de preto num traje Gucci com a lapela mais incrível que eu já vi. Corte reto, impecável. Além dele, Jude Law e Robert Downey Jr. representaram a ala masculina com maestria ao surgirem de gravata branca. Dior foi a escolha de Jude e azul marinho (sim!) no suit de Robert.

Quer saber quem pecou no red carpet? Confira Nicole Kidman, Helena Bonham Carter e Penelope Cruz – que alugou vestido na loja do bairro -, e tire suas próprias conclusões.

E deu no que deu

por Eduardo Nozari

A 83ª cerimônia de entrega dos Oscar acabou de acabar, quase sem surpresas e nem ânimo – a apresentação de Anne Hathaway e, principalmente, James Franco foi pra lá de tosca. O Discurso do Rei ganhou como melhor filme, ator, roteiro original e diretor. Gostei da vitória de Tom Hooper no lugar de David Fincher, por razões que já expliquei no post anterior, mas ainda acho que a tal Academia se acovarda nos momentos em que se vê diante da oportunidade de premiar filmes mais ousados. Cisne Negro acabou ganhando só como melhor atriz, o que realmente é uma pena. Merecia pelo menos mais o prêmio de edição que, não sei como, ficou com A Rede Social. Nos coadjuvantes O Vencedor fez a festa merecidamente – aquele rumor de que Melissa Leo estava indo pro beleléu não se confirmou – e A Origem arrecadou os prêmios técnicos. Abaixo, a lista completa dos vencedores:

Melhor filme

Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Minhas Mães e meu Pai
Toy Story 3
127 Horas
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor diretor

Darren Aronovsky – Cisne Negro
David Fincher – A Rede Social
Tom Hooper – O Discurso do Rei
David O. Russell – O Vencedor
Joel e Ethan Coen – Bravura Indômita

Melhor ator

Jesse Eisenberg – A Rede Social
Colin Firth – O Discurso do Rei
James Franco – 127 Horas
Jeff Bridges – Bravura Indômita
Javier Bardem – Biutiful

Melhor atriz

Nicole Kidman – Reencontrando a Felicidade
Jennifer Lawrence – Inverno da Alma
Natalie Portman – Cisne Negro
Michelle Williams – Blue Valentine
Annette Bening – Minhas Mães e meu Pai

Melhor ator coadjuvante

Christian Bale – O Vencedor
Jeremy Renner – Atração Perigosa
Geoffrey Rush – O Discurso do Rei
John Hawkes – Inverno da Alma
Mark Ruffalo – Minhas Mães e meu Pai

Melhor atriz coadjuvante

Amy Adams – O Vencedor
Helena Bonham Carter – O Discurso do Rei
Jacki Weaver – Animal Kingdom
Melissa Leo – O Vencedor
Hailee Steinfeld – Bravura Indômita

Melhor Roteiro adaptado

A Rede Social
127 Horas
Toy Story 3
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor Roteiro original

Minhas Mães e meu Pai
A Origem
O Discurso do Rei
O Vencedor
Another Year

Melhor montagem

Cisne Negro
O Vencedor
O Discurso do Rei
A Rede Social
127 Horas

Melhor fotografia

Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita

Melhor longa animado

Como Treinar o Seu Dragão
O Mágico
Toy Story 3

Melhor filme em lingua estrangeira

Biutiful
Fora-da-Lei
Dente Canino
Incendies
Em um Mundo Melhor (Dinamarca)

Melhor direção de arte

Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita

Melhor figurino

Alice no País das Maravilhas
I am Love
O Discurso do Rei
The Tempest
Bravura Indômita

Melhor documentário

Lixo Extraordinário
Exit Through the Gift Shop
Trabalho Interno
Gasland
Restrepo

Melhor documentário em curta-metragem

Killing in the Name
Poster Girl
Strangers no More
Sun Come Up
The Warriors of Qiugang

Melhor trilha sonora

Alexandre Desplat – O Discurso do Rei
John Powell – Como Treinar o seu Dragão
A.R. Rahman – 127 Horas
Trent Reznor e Atticus Ross – A Rede Social
Hans Zimmer – A Origem

Melhor canção original

“Coming Home” – Country Strong
“I See the Light” – Enrolados
“If I Rise” – 127 Horas
We Belong Together – Toy Story 3

Melhor Maquiagem

O Lobisomem
Caminho da Liberdade
Minha Versão para o Amor

Melhor Curta-metragem de animação

Day & Night
The Gruffalo
Let’s Pollute
The Lost Thing
Madagascar, Carnet de Voyage

Melhor Curta-metragem

The Confession
The Crush
God of Love
Na Wewe
Wish 143

Melhor Edição de som

A Origem
Toy Story 3
Tron – O Legado
Bravura Indômita
Incontrolável

Melhor Mixagem de som

A Origem
Bravura Indômita
O Discurso do Rei
A Rede Social
Salt

Melhor Efeitos especiais

Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
Além da Vida
A Origem
Homem de Ferro 2

Melhor diretor

Melhor ator

Melhor atriz

Melhor ator coadjuvante

Melhor atriz coadjuvante

Melhor roteiro original

Melhor roteiro adaptado

Melhor longa animado

Melhor filme em lingua estrangeira

Melhor direção de arte

Melhor fotografia

Melhores efeitos visuais

Melhor figurino

Melhor montagem

Melhor maquiagem

Melhor documentário

Melhor documentário em curta-metragem

  • Strangers no More
  • Killing in the Name
  • Poster Girl
  • Sun Come Up
  • The Warriors of Qiugang

Melhor curta-metragem

  • God of Love
  • The Confession
  • The Crush
  • Na Wewe
  • Wish 143

Melhor animação em curta-metragem

  • The Lost Thing
  • Day & Night
  • The Gruffalo
  • Let’s Pollute
  • Madagascar, Carnet de Voyage

Melhor trilha sonora

Melhor canção original

Melhor edição de som

Melhor mixagem de som

O carinha dourado

por Eduardo Nozari

Uepa! Pelo jeito vou inaugurar os trabalhos por aqui, abrir a venda, tirar o pó, lançar o bote, estourar a champagne… Enfim, sacar.

Bom, qualquer iniciado na apreciação de filmes sabe que um texto sobre esse assunto escrito ali pelo finalzinho de fevereiro tem tema padrão: o Oscar. Certo? Errado! Mas, calma, este aqui vai ser sobre o Oscar mesmo… Aliás, é interessante perceber como no meio cinéfilo e da crítica cinematográfica (nos escalões mais eruditos, principalmente) sempre que se fala de Oscar é meio que em tom de vergonha ou desculpas. Concordo que a festa de Hollywood é pra lá de manjada (os filmes ganham mais por suas campanhas de bastidores do que exatamente por seus méritos, muitas categorias não têm critérios claros, etc.), mas defendo que o Oscar tem uma característica fatal que atrai todo mundo: a competição! Ao contrário dos festivais, onde os concorrentes são quase sempre inéditos, no Oscar podemos “torcer” por filmes que vimos e que gostamos (ou não).

Aqui neste post vou falar um pouquinho sobre cada um dos 10 filmes que concorrem a melhor filme e também sobre as demais categorias principais. Para mostrar que tenho propriedade sobre o que falo – viva o egocentrismo! – aqui está a minha folhinha onde marquei os filmes aos quais assisti.

Claro que não vi tudo, mas o suficiente para poder dar uns pitacos. Então vamos lá, um por um:

Cisne Negro: com certeza o filme mais ousado e artístico entre os 10 indicados. Conseguiu usar muito bem os recursos da narrativa cinematográfica (roteiro, edição, fotografia, atuações…) para contar o caminho percorrido por uma bailarina desde o momento em que é escolhida para o papel principal de O Lago dos Cisnes até a estréia da peça. Um filmaço. Na minha opinião, o melhor.

O Vencedor: não sei exatamente qual a atração que os americanos têm por filmes de boxe. Rocky, Touro Indomável, Menina de Ouro, Cinderella Man… Neste aqui a história é de um lutador que precisa abandonar a mãe-agente e o irmão-técnico para buscar o sucesso nos ringues. É um bom filme, na verdade, com ótimas atuações dos coadjuvantes, mas que não deve ser lembrado por muito tempo.

A Origem: o filme de Christopher Nolan foi lançado meio fora de época (para quem não sabe, nos EUA os filmes que visam o Oscar normalmente são lançados em dezembro) e por alguns meses foi considerado favorito. Tem uma trama  mirabolante que deu certo – pessoas que entram nos sonhos das outras para tentar mudar a realidade –  o que prova que o roteiro é bem feitinho. Mas para mim este aqui poderia ser facilmente substituído por Ilha do Medo, filme que não emplacou na temporada de prêmios.

Minhas Mães e Meu Pai: é a comédia do ano no Oscar. Assim como Juno, Pequena Miss Sunshine e Amor sem Escalas, é um filme leve e agradável de se assistir, apesar de tratar de um semi-tabu: os filhos de um casal de lésbicas decidem procurar quem é o seu pai (o doador de esperma das suas mães). Segue um pouco a fórmula das comédias românticas, com brigas e reconciliações, o que, para mim, é deixar-se tornar previsível.

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INTERVALO: 1) Como também vou falar de tênis por aqui vale comentar o jogaço que acabou de acabar. David Ferrer venceu Nicolas Almagro por 7/6, 6/7 e 6/2 na final do ATP 500 de Acapulco. Realmente muito bom o jogo, com rallys longos, esquerdas fenomenais do Almagro e buscadas incríveis do Ferrer. 2) Moacyr Scliar morreu agora há pouco. Acho que nunca li nenhum livro dele, mas simpatizava. Pena.

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O Discurso do Rei: esse é outro filme muito bom. Ao contrário do que alguém falou na Zero Hora, não é uma obra esquecível. Apesar de contar a história verídica do Rei George VI tentando superar a sua gagueira com a ajuda de um excêntrico especialista às vésperas da Segunda Guerra Mundial, o verdadeiro tema do filme é a amizade. As atuações do elenco principal são realmente muito boas e é interessante adentrar na vida íntima da fria realeza britânica. O Discurso do Rei vem ganhando a maioria dos prêmios dos sindicatos nos Estados Unidos e é o favorito para levar o Oscar de melhor filme.

127 Horas: mais um título bastante interessante e que, confesso, me surpreendeu. O filme narra as tais das 127 horas em que um montanhista ficou preso em uma fenda no deserto de Utah, nos Estados Unidos. Como quase todo o filme se passa em alguns poucos metros quadrados entre rochedos enormes é de se aplaudir o trabalho do diretor Danny Boyle, que conseguiu ótimos ângulos e elementos narrativos bem legais para não deixar o público entediado. A atuação-monólogo de James Franco também é muito boa – ele ganhou o Independent Spirit Award de melhor ator ontem – visto que é dificílimo sustentar um filme sozinho.

A Rede Social: este talvez tenha sido um dos filmes mais falados nos últimos meses. Era considerado favorito ao Oscar até ali pela época dos Globos de Ouro, mas então começou a perder território para O Discurso do Rei. Tem um roteiro bem bom, que conseguiu transferir para as telas um episódio bem recente: a criação do Facebook. O filme é a prova de como as coisas estão cada vez mais rápidas hoje em dia. O site surgiu há menos de 10 anos, tem milhões de usuários, o seu criador não tem nem 30 anos… Os acontecimentos históricos de filmes costumavam datar de outros séculos!  Mas o fato é que A Rede Social é um filme apenas interessantezinho e que, para mim, superdimensiona algo banal. Apesar do sucesso, acho que o Facebook não sustenta a trama de um filme. E como A Rede Social não tem grandes qualidades enquanto arte cinematográfica, ficou por isso mesmo.

Toy Story 3: mais uma vez contrariando o pessoal da ZH, não acho este um grande filme. É legal, bem feitinho, diverte, mas… só. Tenho a impressão de que a franquia Toy Story é da época em que desenho/animação era destinada apenas aos pimpolhos e não tinha o mesmo apelo junto ao público adulto que vemos nos filmes mais recentes: Ratatouille, Wall-E e Up, por exemplo.

Bravura Indômita: os irmãos Coen dessa vez resolveram fazer um filme mais convencional e deu bastante certo. Não sou expert em faroeste, mas acredito que Bravura Indômita tenhas as características clássicas do gênero: o bem e o mal, a busca por justiça, ação, tiros e conflitos internos nos campos do velho oeste. Essa pelo menos é a impressão que o filme me passou, que se trata de um faroeste à maneira clássica. O longa tem atuações muito boas de Jeff Bridges, no papel de um velho pistoleiro sem medo de nada, e de Hailee Steinfeld, que interpreta a menina mais corajosa do Oeste, dona da tal bravura indômita.

Inverno da Alma: buenas, esse é o filme que mais destoa entre os 10 indicados. Conta a história de uma guria que precisa achar seu pai e convencê-lo a se entregar à polícia, já que ele tinha dado a casa da família como garantia de fiança. Ele destoa porque é um filme muito denso, pesado, com uma carga dramática bem alta que parece se arrastar até que chegue o final. Em outras palavras, para uma pessoa despreparada, é um filme chato (chato não é a mesma coisa que ruim). Você precisa estar atento para ir entendendo a trama e o discurso do filme, que não é dado de bandeja.

OUTRAS CATEGORIAS

Melhor diretor: meu voto iria para Darren Aronofsky, por Cisne Negro. Fazer um filme daqueles requer maestria das boas. Tom Hooper, de O Discurso do Rei, também fez um ótimo trabalho na direção de atores, mas parece que o cara da vez vai ser o David Fincher. Confesso que não vejo um grande trabalho de direção em A Rede Social e acho que Fincher teria merecido mais por Clube da Luta ou O Curioso Caso de Benjamin Button, por exemplo.

Melhor ator: o rei gago de Colin Firth é impressionante e vai ganhar com mérito. Nessa categoria só não consegui ver o Javier Bardem, em Biutiful, mas não devem haver supresas.

Melhor atriz: Natalie Portman! A guriazinha de O Profissional já demonstrava talento desde aquela época, mas chegou ao auge com Cisne Negro. Assim como todo o filme, só cai a ficha da excelência da atuação dela ao subir dos créditos, mas daí não tem mais volta: você está conquistado.

Melhor ator coadjuvante: o favorito parece ser Christian Bale, por O Vencedor, o que é mais que merecido. É uma atuação muito realista, apesar de o personagem não ser tão natural. Quem poderia surpreender nessa categoria é Geoffrey Rush, por O Discurso do Rei.

Melhor atriz coadjuvante: acho que é a categoria de atuação mais intrincada. Melissa Leo (O Vencedor) era a favorita absoluta por, assim como Bale, interpretar alguém que poderia perfeitamente ser sua vizinha. Só que nas últimas semanas ela andou fazendo campanha por conta própria em Hollywood – comprou espaços em revistas se autopromovendo – e parece que isso não foi muito bem digerido por lá. Hailee Steinfeld, de Bravura Indômita, mereceria muito ganhar, mas ainda tem Helena Bonham Carter, de O Discurso do Rei, que parece ter crescido nas cotações agora no finalzinho. Difícil essa.

Roteiros: palpito que o prêmio de roteiro original irá para O Discurso do Rei (A Origem, talvez) mais pelo entusiasmo que há em torno do filme. O de roteiro adaptado deve ir para A Rede Social, mas realmente não li o livro no qual foi baseado para poder comparar.

E é isso! Bom Oscar a todos e façam suas apostas! Volto na segunda para comentar alguma coisa da cerimônia.